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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Resumo da Mostra Técnica (PREVIEW)

CLUBE DE PROGRAMAÇÃO: A UTILIZAÇÃO DO SCRATCH PARA O DESENVOLVIMENTO DE JOGOS
João Aloísio Winck; Marcelo Augusto Riske
Orientador: Adão Caron Cambraia
Co-orientador:
Revisor(es):

Atualmente, as iniciativas para o ensino de programação em escolas constituem uma tendência da educação tecnológica do futuro, para isso são utilizados diversos softwares que possibilitam o desenvolvimento de vários tipos de aplicações. O scratch, software de construção de jogos e animações baseado na combinação de blocos é um dos mais utilizados devido a sua facilidade de uso e sua interface convidativa, visto que os jogos eletrônicos tornaram-se a principal distração dos jovens de hoje pensou-se na ideia de criar um projeto que tem como principal objetivo disseminar o ensino da computação e mostrar aos alunos a possibilidade de desenvolvimentos de jogos e estimulá-los a utilizar uma linguagem de programação para desenvolver dos mesmos. Para isso foram selecionados um grupo de alunos que apresentavam um desempenho razoável em matemática para participar das aulas em turno inverso, com a intenção de que tivessem um tempo dedicado apenas para as atividades. A experiência gerou resultados que foram verificados ao final do projeto com um questionário de opinião criado no Google Docs e pode-se observar que mais de 80% dos participantes assimilaram o conteúdo e demonstraram aumentar seu interesse pela área da informática.


Palavras chave: Programação, Desenvolvimento de jogos, Educação.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O reflexo da prática do PIBID na minha constituição como docente

Minha experiência no PIBID de fato, é muito importante para minha constituição como professor, pois foi através dela que encontrei minha profissão, antes de ingressar no curso não tinha muitas perspectivas para o futuro pensava apenas em concluir o ensino médio e procurar um trabalho, por que minha condição financeira não era oportuna para ingressar em uma faculdade particular, mas mesmo assim resolvi tentar, logo após a realização do ENEM efetuei minha inscrição no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) para participar do processo seletivo do IF Farroupilha para concorrer a uma vaga no curso de Licenciatura em Computação e acabei sendo chamado, minha primeira impressão do curso era que ele tinha como objetivo ensinar apenas disciplinas relacionadas a computação mas acabei me enganando, o fato de ser um curso de licenciatura me deixava com um pouco de receio já que a ideia de ser professor me parecia um tanto quanto estranha ainda, apesar de tudo agarrei a oportunidade e iniciei minha caminhada, cursei dois semestres normalmente até ter conhecimento do PIBID, como estava cheio de dúvidas quanto ao caminho que queria seguir resolvi fazer a seleção para participar do programa e atuar no ambiente escolar e tirar minhas próprias conclusões. No começo me senti tomado pelo nervosismo por ter que encarar todos aqueles olhares curiosos na expectativa para aprender algo novo, mas para minha surpresa me sai muito bem. O contato com a sala de aula me forneceu uma certeza de que era ali que eu deveria estar e o com o passar dos dias me sentia cada vez mais feliz. A partir desse momento as disciplinas pedagógicas que antes eu desconsiderava passaram a ser a base de minhas reflexões, me senti cada vez mais instigado a pesquisar sobre a docência e as aulas do PIBID me auxiliavam na verificação da eficácia da metodologia utilizada com os alunos, toda essa experiência me fornecia uma bagagem de conhecimentos da área que tornou-se a prioridade de meus estudos.
Minha evolução foi muito grande, e foi exatamente nesse período que surgiu a ideia de criação dos blogs individuais dos alunos e professores supervisores das escolas, esse espaço seria utilizado para que os mesmos fossem publicando suas dúvidas, suas angústias e suas reflexões referentes a prática que estavam exercendo nas salas de aula. A iniciativa do blog me cativou e me instigou a escrever meus anseios em relação a profissão, relatos das aulas e novos acontecimentos, vi nessa ferramenta uma forma de armazenar minhas experiências e conhecimentos adquiridos para que isso não se perca com o tempo e possa ser utilizado em discussões futuras ou simplesmente para que eu possa acompanhar minha evolução enquanto docente e verificar se minhas ideias ainda são as mesmas, visto que nossa futura profissão sofre constantes modificações e cabe a nós tentarmos ser professores e ao mesmo tempo pesquisadores de novas tendências para acompanhar o avanço tecnológico e a sua influência no comportamento dos alunos. O fato de poder entrar em contato com a sala de aula antes mesmo do estágio faz com que você se sinta situado naquele espaço desde cedo e avalie sua capacidade para o desempenho de tal atividade, e que te deixe mais confiante ainda para a realização do estágio posteriormente.
Minha primeira escola estava localizada na zona rural e apresentava poucos recursos tecnológicos, pensando nisso surgiu a ideia de se trabalhar sobre a computação desplugada com os alunos, foi uma experiência incrível e para nossa surpresa deu muito certo porque tanto os alunos quanto os professores da escola perceberam que a licenciatura em computação tem algo diferente a transmitir, a ideia de introduzir essa atividade era mostrar a possibilidade de ensinar a computação sem a presença da máquina e com atividades lúdicas e bem simples, mostrar a eles como o computador pensa e como ocorre o processamento das informações dentro do mesmo, com isso apresentamos para eles a ideia do pensamento computacional. Com a realização dessa atividade nosso reconhecimento na escola aumentou e foi possível perceber que os professores ficaram convencidos que o ensino da computação merece ter seu lugar na escola e foi assim que percebi que nossa missão inicial estava cumprida lá e nossa semente havia sido plantada. Confesso que com essa experiência consegui me sentir um verdadeiro professor de computação, pelo simples fato de estar compartilhando com os alunos um conhecimento que adquiri no decorrer do curso, tudo isso me forneceu mais motivação para buscar novas atividades e conceitos para serem trabalhados com os alunos.
Tive a oportunidade de mudar de escola e com isso buscar novos desafios, entrei em contato com um público diferente e me deparei com um laboratório de informática com muito mais recursos tecnológicos, isso tudo influenciou no desenvolvimento de novos projetos e um deles foi o ensino de programação com ênfase no desenvolvimento de jogos utilizando o scratch. Esse projeto consiste na introdução de conceitos da disciplina de algoritmos para que os alunos pudessem entender estruturas de condição e repetição para que compreendessem o funcionamento do scratch e sua utilização ocorresse de forma tranquila. Esse projeto foi chamado de Clube de programação onde os participantes eram alunos do ensino fundamental das séries finais que tinham interesse no assunto. Posso afirmar que me sinto cada vez mais confiante com a prática docente, apesar das dificuldades que surgem ocasionalmente me sinto motivado a continuar e tomei como missão para meu futuro disseminar o ensino da computação e contribuir para o reconhecimento do curso. Posso afirmar que somente após ingressar no PIBID entendi a proposta do curso de licenciatura em computação, o fato do curso ainda não ter conquistado um espaço só seu nas escolas traz muita insegurança aos alunos que optam pelo curso, visto que todos os outros cursos tem uma disciplina específica onde irão atuar, o que pode ser feito para que os alunos se sintam mais seguros de que terão um lugar para que possam atuar é incentivá-los a desenvolver projetos sobre o ensino da computação e apresenta-los nas escolas como uma proposta inovadora, como forma de expor quais as competências são adquiridas por eles enquanto acadêmicos no decorrer do curso. Uma das iniciativas mais interessante desenvolvidas no curso são as práticas pedagógicas que além de ajudar o futuro profissional de licenciatura em computação a incorporar-se ao seu espaço de trabalho e também ajuda na divulgação do curso de maneira geral e consequentemente para seu crescimento.

Enfim posso concluir que minha trajetória no curso passou por avanços gradativos e que após ter descoberto minha afinidade pela docência me motivei a iniciar pesquisas e desenvolver projetos e sempre me senti seguro nas buscas devido ao apoio e ao auxílio dos professores que sempre forneciam estimulo pra o desenvolvimento de produções científicas na área. O universo da docência nos oferece uma infinidade de possibilidades cabe a cada um de nós explorarmos a que mais soma conhecimentos à nossos propósitos.